Passos para Cristo – Lição 4 – Confissão

Lição 4 – Confissão

 

Texto base: “Livro Passos para Cristo”, Capítulo 4 – Ellen G. White.

Verso Áureo: “Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e Tu perdoaste o meu pecado.” Salmos 32:5.

Domingo

 

“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Prov. 28:13).

As condições para obter a misericórdia de Deus são simples, justas e razoáveis. O Senhor não requer  de nós fazer algo doloroso para que possamos obter o perdão do pecado. Nós não precisamos fazer longas e cansativas peregrinações, ou  cumprir dolorosas penitências para recomendar nossas almas para o Deus do céu, ou para expiar nossa transgressão; mas aquele que confessa e abandona seu pecado terá misericórdia.

O apóstolo diz, “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados” (Tia. 5:16). Confesse seus pecados a Deus, o único que pode perdoá-los, e suas faltas uns aos outros. Se você ofendeu seu amigo ou vizinho, você deve reconhecer seu erro, e é o dever dele perdoá-lo livremente. Então você deve procurar o perdão de Deus, porque o irmão que você feriu é propriedade do Senhor, e machucando a ele você pecou contra seu Criador e Redentor. O caso é trazido ante o único verdadeiro Mediador, nosso grande Sumo Sacerdote, que “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, e que “pode compadecer-se das nossas fraquezas” (Heb. 4:15), e é capaz de limpar-nos de cada  mancha de iniquidade.

1) O que Deus prometeu a Davi quando ele confessou o seu pecado? II Sam. 12:13.

R.: “Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR traspassou o te pecado; não morrerás“.

 

Segunda-feira

 

1) Qual é a condição para que o homem seja aceito por Deus? II Cro. 7:14.

R.:  “E se o Meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a Minha face e
se converter dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”.

 

Aqueles que não tem humilhado suas almas perante Deus em  reconhecimento de sua culpa, não têm preenchido a primeira condição de aceitação. Se nós não experimentamos aquele arrependimento do qual não há o que se arrepender, e não temos em verdadeira humilhação de alma e quebrantamento de espírito confessando nossos pecados, detestando nossa iniquidade, nós nunca  buscamos verdadeiramente pelo perdão do pecado; e se nós nunca buscamos, nunca encontramos paz com Deus. A única razão porque não temos a remissão dos pecados passados é que não estamos desejando humilhar nossos corações e aquiescer com as condições da palavra da verdade. É dada instrução específica concernente a este assunto. A confissão do pecado, seja pública ou privada, deve ser  sincera e expressada livremente. Ela não deve ser arrancada do pecador por  constrangimento. Não deve ser feita de uma maneira frívola e descuidada, ou forçada daqueles que não possuem senso de compreensão do terrível caráter do pecado. A confissão que é o desafogar do íntimo da alma encontra seu caminho para o Deus de infinita compaixão. O Salmista diz, “Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido” (Sal. 34:18).

 

Terça-feira

 

1) O que devemos confessar? Lev. 5:5.

R.: “Será, pois, que, culpado sendo numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou“.

 

A verdadeira confissão é sempre de caráter específico, e reconhece pecados particulares. Eles podem ser de tal natureza que devam ser levados a Deus unicamente; eles podem ser erros que devam  ser confessados a indivíduos que sofreram prejuízo através deles; ou eles podem ser  de caráter  público, e devem então ser  confessados publicamente. Mas toda confissão deve  ser definida e ir direto ao ponto, reconhecendo os mesmos pecados dos quais você é culpado.

Nos dias de Samuel, os Israelitas se apartaram de Deus. Eles estavam sofrendo as consequências do pecado, porque haviam perdido sua fé em Deus, perderam o discernimento do Seu poder e sabedoria para dirigir a nação, perderam sua confiança em Sua habilidade de defender  e vindicar  Sua causa. Eles se desviaram do grande Governador do universo, e desejaram ser governados como o eram as nações ao seu redor.  Antes de encontrarem paz, eles fizeram esta específica confissão: “a todos os nossos pecados acrescentamos o mal de pedir para nós um rei” (I Sam. 12:19). O mesmo pecado do qual eles estavam convencidos teve de ser  confessado. Sua ingratidão oprimiu suas almas e os separou de Deus.

“Confessei-Te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e Tu perdoaste a maldade do meu pecado” Salmos 32:5.

 

Quarta-feira

 

1) O que deve acontecer após a confissão? Prov. 28:13.

R.: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”.

 

A confissão não será aceitável a Deus sem sincero arrependimento e reforma. Devem haver mudanças decisivas na  vida; tudo que é ofensivo a Deus tem de ser posto de lado. Este será o resultado da genuína tristeza pelo pecado. O trabalho que nós temos que fazer de nossa parte é plenamente estabelecido ante nós: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos Meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas” (Isa. 1:16, 17). “Se o perverso restituir o penhor, e pagar o furtado, e andar nos estatutos da vida, sem cometer iniquidade, certamente, viverá; não morrerá” (Eze. 33:15). Paulo diz, falando da obra de arrependimento: “Porque, quanto cuidado não produziu  isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes limpos neste negócio” (II Cor. 7:11).

 

2) Que bênção receberá quem se converter dos seus maus caminhos? Eze. 18:21, 22.

R.: “Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e proceder com retidão e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou viverá”.

 

Quinta-feira

 

1) Qual é o maior problema do povo dos nossos dias? Apo. 3:17.

R.: “dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”.

 

Quando o pecado tem silenciado as percepções morais, o praticante do mal não discerne os defeitos do seu caráter, nem compreende a enormidade do mal que ele cometeu; e a menos que ele ceda ao convencedor poder do Espírito Santo, permanece em parcial cegueira do seu pecado. Suas confissões não são sinceras e determinadas. Para cada reconhecimento da sua culpa ele acrescenta uma desculpa em escusa do seu caminho, declarando que se não houvesse sido por certas circunstâncias, ele não haveria feito isto ou aquilo, pelo qual é reprovado.

 

Após Adão e Eva haverem comido do fruto proibido, eles foram tomados de um senso de vergonha e terror. Primeiramente, seu único pensamento era como escusar seu pecado, e escapar da temida sentença de morte. Quando o Senhor o inquiriu relativamente ao seu pecado, Adão respondeu, colocando a culpa parcialmente sobre Deus e parcialmente sobre sua companheira: “A mulher que me deste por  esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” A mulher colocou a culpa sobre a serpente, dizendo, “A serpente me enganou, e eu comi” (Gên. 3:12, 13). Porque Você fez a serpente? Porque Você experimentou colocá-la no Éden? Estas eram questões implícitas na sua desculpa pelo seu pecado, carregando assim a Deus com a responsabilidade da sua queda. O espírito de justificação própria foi originado no pai das mentiras, e tem sido exibido por  todos os filhos e filhas de Adão. Confissões desta ordem não são inspiradas pelo Espírito divino, e não serão aceitáveis a Deus. O verdadeiro arrependimento levará o homem a colocar a culpa sobre si mesmo, e reconhecê-la sem engano ou hipocrisia. Como o pobre publicano, sem nem levantar seus olhos ao céu, ele clamará, “Deus, sê misericordioso para comigo, um pecador;” e aqueles que reconhecem suas faltas serão justificados; pois Jesus irá pleitear com Seu sangue em  favor da alma arrependida.

 

2) Como o homem dá glória a Deus? Jos. 7:19.

R.: “Então disse Josué a Acã: Filho meu, dá, peço-te, glória ao SENHOR Deus de Israel, e faze confissão perante ele; e declara-me agora o que fizeste, não mo ocultes“.

 

Sexta-feira

 

1) Ao confessar seu pecado e o de seu povo, tentou Daniel justificar o erro ou diminuir sua culpa? Dan. 9:4-15.

R.: “E orei ao SENHOR meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que Te amam e guardam os Teus mandamentos;
Pecamos, e cometemos iniquidades, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos Teus mandamentos e dos Teus juízos; E não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em Teu nome falaram aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, como também a todo o povo da terra.
A ti, ó Senhor, pertence à justiça, mas a nós a confusão de rosto, como hoje se vê; aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, e a todo o Israel, aos de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas rebeliões que cometeram contra ti. Ó Senhor, a nós pertence à confusão de rosto, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque pecamos contra Ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertencem à misericórdia, e o perdão; pois nos rebelamos contra Ele, e não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas Suas leis, que nos deu por intermédio de Seus servos, os profetas. Sim, todo o Israel transgrediu a Tua lei, desviando-se para não obedecer à Tua voz; por isso a maldição e o juramento, que estão escritos na lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós; porque pecamos contra Ele. E Ele confirmou a Sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juízes que nos julgavam, trazendo sobre nós um grande mal; porquanto debaixo de todo o céu nunca se fez como se tem feito em Jerusalém. Como está escrito na lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não suplicamos à face do SENHOR nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades, e para nos aplicarmos à Tua verdade. Por isso o SENHOR vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós; porque justo é o SENHOR, nosso Deus, em todas as suas obras, que fez, pois não obedecemos à Sua voz. Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o Teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e ganhaste para Ti nome, como hoje se vê; temos pecado, temos procedido impiamente.” Daniel 9:4-15.

 

Os exemplos de genuíno arrependimento e humilhação encontrados na Palavra de Deus revelam um espírito de confissão no qual não há escusa pelo pecado, ou tentativa de justificação própria. Paulo não procurou resguardar a si mesmo; ele pintou seu pecado em sua cor mais negra, não tentando amenizar  sua culpa. Ele diz: “encerrei  muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os  matavam.

Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas, obrigando-os até a blasfemar. E, demasiadamente enfurecido contra eles, mesmo por cidades estranhas os perseguia” (Atos 26:10, 11). Ele não hesitou  em declarar  que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (I Tim. 1:15).

 

Sábado

 

1) O que fez o filho pródigo quando percebeu o amor do Seu pai para com ele? Luc. 15:17-21.

R.: “E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai… E o filho lhe disse: Pai pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.

 

O humilde e quebrantado coração, subjugado por genuíno arrependimento, irá apreciar algo do amor de Deus e do custo do Calvário; e como um filho confessa para um amante pai, irá o verdadeiro penitente trazer  todos seus pecados ante Deus. E está escrito, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo. 1:9).

 

2) Segundo a parábola, quão disposto Deus está de perdoar o pecador? Luc. 15:20, 22-24.

R.: “E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou…

o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lo, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se”.

 

 

Acesse a lição completa: http://bit.ly/escola-sabatina-passos-para-cristo

Passos para Cristo – Lição 3 – Arrependimento

Lição 3 – Arrependimento

 

Texto base: “Livro Passos para Cristo”, Capítulo 3 – Ellen G. White.

 

Verso Áureo: “Desde então, começou Jesus a pregar e dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” Mateus 4:17.

 

Domingo

 

Como pode um homem ser justo diante de Deus? Como pode o pecador ser tornado justo? É somente através de Cristo que nós podemos ser trazidos a harmonia com Deus, com a santidade; mas como iremos nós para Cristo? Muitos estão fazendo a mesma pergunta feita pela multidão no dia de Pentecostes, que, convencidos de pecado, clamaram, “Que faremos?” A primeira palavra da resposta de Pedro foi, “Arrependei-vos.” (At. 2:38). Em outro tempo, pouco depois, ele disse, “Arrependei-vos… e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.” (At. 3:19).

 

1) Quem alcançará a misericórdia do Senhor? Prov. 28:13.

 

R.: “O que encobre as transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.

 

Arrependimento inclui tristeza pelo pecado, e um abandono dele. Nós não renunciaremos o pecado ao menos que vejamos sua pecaminosidade; não haverá mudança real em nossa vida até nos desviarmos dele no coração.

 

Existem muitos que não compreendem a natureza do arrependimento. Multidões se entristecem por terem pecado, e mesmo fazem uma reforma externa, porque temem que suas más ações trarão sofrimentos sobre eles mesmos. Mas este não é o arrependimento na visão da Bíblia. Eles lamentam o sofrimento antes que o pecado. Este era o pesar de Esaú quando viu a primogenitura estava eternamente perdida para ele. Balaão, terrificado pelo anjo parado no seu caminho com uma espada desembainhada, reconheceu sua culpa porque poderia perder sua vida; mas não houve arrependimento genuíno do pecado, nenhuma conversão de propósito, nenhum aborrecimento do mal. Judas Iscariotes, após trair seu Senhor, exclamou: “Pequei, traindo sangue inocente.” (Mat. 27:4).

 

A confissão foi forçada de sua alma culpada por um terrível senso de condenação e uma temerosa visão do juízo. As consequências que lhe advieram, encheram-lhe com terror, mas não houve profundo pesar de quebrantar de coração, porque traíra o imaculado Filho de Deus, e negara o Único Santo de Israel. Faraó, quando sofrendo sobre os juízos de Deus, reconheceu seu pecado, para escapar de punição futura, mas retornou ao seu desafio ao céu tão logo as pragas foram detidas. Todos esses lamentaram os resultados do pecado, mas não se entristeceram pelo pecado em si.

 

2) Qual é a obra do Espírito de Deus no coração do homem? Jo. 16:8.

 

R.: “quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado“.

 

Mas quando o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência será despertada, e o pecador irá discernir algo da profundeza e sacralidade da santa lei de Deus, o fundamento de Seu governo no céu e na terra. A “luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo. 1:9) ilumina as câmaras secretas da alma, e as coisas escondidas das trevas são tornadas manifestas. A convicção se apodera da mente e coração. O pecador tem um senso da justiça de Jeová, e sente o terror de aparecer, em sua própria culpa e impureza, ante o Pesquisador dos corações. Ele vê o amor de Deus, a beleza da santidade, a alegria da pureza; ele espera ser limpo, e ser restaurado à comunhão com o Céu.

 

Segunda-feira

 

1) Quais são os frutos do verdadeiro arrependimento? II Cor. 7:10, 11.

 

R.: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza segundo o mundo opera a morte. Porque quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio.”.

 

A oração de Davi após sua queda ilustra a natureza da verdadeira tristeza pelo pecado. Seu arrependimento foi sincero e profundo. Não houve nenhum esforço para amenizar sua culpa; nenhum desejo de escapar da ameaça do juízo inspirou sua oração. Davi viu a enormidade da sua transgressão; ele viu a contaminação da sua alma; abominou seu pecado. Não orou apenas pelo perdão do pecado, mas também pela pureza de coração. Ele ansiava pela alegria da santidade, – ser restaurado a harmonia e comunhão com Deus. Esta era a linguagem de sua alma: (Sl. 32:1, 2) – “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo.”

“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões….

Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim….

Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve….

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.

Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo Espírito.

Restitui-me a alegria da Tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário….

Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a Tua justiça.” (Sl. 51:1-14).

 

Um arrependimento como este, está além de nossa própria força atingir; ele é obtido somente de Cristo, que ascendeu ao céu, e deu dons aos homens.

 

2) Quem concede o arrependimento aos homens? O arrependimento vem de nós mesmos ou o recebemos? At. 5:31.

 

R.: “Deus, com Sua destra, O elevou [Jesus] a Príncipe e Salvador, para dar
a Israel o arrependimento e remissão dos pecados”.

 

Terça-feira

 

“o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora” Jo. 6:37.

 

Exatamente aqui é um ponto no qual muitos erram, e, portanto deixam de receber a ajuda que Cristo lhes deseja dar. Eles pensam que não podem vir a Cristo a menos que primeiro se arrependam, e que o arrependimento prepara-os para o perdão dos seus pecados. É verdade que o verdadeiro arrependimento precede o perdão dos pecados; porque é somente o quebrantado e contrito coração que sentirá a necessidade de um Salvador. Mas precisa o pecador esperar até que ele se tenha arrependido antes de vir a Jesus? Deve o arrependimento ser feito um obstáculo entre o pecador e o Salvador?

 

A Bíblia não ensina que o pecador tenha que se arrepender antes que possa ouvir o contive de Cristo, “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mat. 11:28). É a virtude que sai de Cristo, que conduz ao genuíno arrependimento. Pedro tornou claro este tema em sua declaração para os israelitas, quando disse, “Deus, porém, com a Sua destra, O exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados” (At. 5:31). Não podemos nos arrepender sem o Espírito de Cristo para despertar a consciência mais do que podemos ser perdoados sem Cristo.

 

Cristo é a fonte de cada bom impulso. Ele é o Único que pode implantar inimizade contra o pecado no coração. Cada aspiração à verdade e pureza, cada convicção de nossa própria pecaminosidade, é uma evidência que Seu Espírito está operando em nossos corações.

 

Jesus tinha dito, “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” (Jo. 12:32). Cristo precisa ser revelado ao pecador como o Salvador morrendo pelos pecados do mundo; e assim que contemplamos o Cordeiro de Deus sobre a cruz do Calvário, o mistério da redenção começa a ser desdobrado para nossas mentes, e a bondade de Deus nos conduz ao arrependimento. Morrendo pelos pecadores, Cristo manifestou um amor que é incompreensível; e assim que o pecador contempla este amor, este abranda o coração, impressiona a mente, e inspira contrição na alma.

 

1) Pode alguém arrepender-se sem ser por meio de Cristo? Jo. 15:5.

 

R.: “sem Mim [Jesus] nada podereis fazer”.

 

É verdade que os homens algumas vezes ficam envergonhados de seus caminhos de pecado, e mudam alguns de seus hábitos, antes de estarem conscientes de que estão sendo atraídos para Cristo. Mas sempre que eles façam um esforço para se reformar, oriundo de um sincero desejo de proceder corretamente, é o poder de Cristo que os está atraindo. Uma influência da qual eles estão inconscientes trabalha sobre a alma, a consciência é despertada, e a vida exterior é emendada. E assim que Cristo os atrai para olhar sobre Sua cruz, para contemplar Aquele a quem Seus pecados trespassaram, o mandamento toma lugar na consciência. A impiedade da sua vida, o pecado arraigado no profundo da alma é revelado a eles. Eles começam a compreender algo da justiça de Cristo, e exclamam, “O que é o pecado, para que requeresse tal sacrifício para a redenção de sua vítima? Foi todo este amor, todo este sofrimento, toda esta humilhação demandada, para que nós pudéssemos não perecer, mas ter vida eterna?”

 

O pecador pode resistir a este amor, pode recusar ser atraído para Cristo; mas se ele não resistir, ele será atraído para Jesus; um conhecimento do plano da salvação irá levá-lo aos pés da cruz em arrependimento por seus pecados, os quais causaram os sofrimentos do querido Filho de Deus.

 

Quarta-feira

 

“a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento” Rom. 2:4 (Tradução Almeida Revista e Atualizada).

 

A mesma mente divina que está trabalhando sobre as coisas da natureza está falando para os corações dos homens, e criando um inexprimível anseio por algo que eles não possuem. As coisas do mundo não podem satisfazer seu desejo. O Espírito de Deus está pleiteando com eles para procurar por aquelas coisas que unicamente podem dar paz e descanso – a graça de Cristo, a alegria da santidade. Por influências visíveis e invisíveis, nosso Salvador está constantemente trabalhando para atrair as mentes dos homens dos prazeres do pecado que não satisfazem para as infinitas bênçãos que podem ser suas nEle. Para todas estas almas, que estão procurando em vão beber das cisternas rotas deste mundo, a divina mensagem é dirigida, “Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (Ap. 22:17).

 

Você, que no coração espera por algo melhor do que este mundo pode dar, reconheça este desejo como a voz de Deus para a Sua alma. Peça a Ele para dar a você arrependimento, para revelar Cristo para você em Seu infinito amor, em Sua perfeita pureza. Na vida do Salvador os princípios da lei de Deus – amor a Deus e ao homem – foram perfeitamente exemplificados. Benevolência, abnegado amor, era a vida da Sua alma. E é quando O contemplamos, quando a luz de nosso Salvador cai sobre nós, que nós vemos a pecaminosidade de nossos próprios corações.

 

1) Como consideram a si mesmos aqueles que são justificados por Deus? Luc. 18:10-14.

 

R.: “Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças Te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado”.

 

Nós podemos supor de nós mesmos, como o fez Nicodemos, que nossa vida tenha sido correta, nosso caráter moral é correto, e pensar que nós não precisamos humilhar o coração ante Deus, como o pecador comum: mas quando a luz proveniente de Cristo brilhar dentro de nossas almas, nós veremos quão impuros somos; discerniremos o egoísmo dos motivos, a inimizade contra Deus, que têm poluído cada ato da vida. Então nós reconheceremos que nossa própria justiça é de fato como trapos de imundícia, e que unicamente o sangue de Cristo pode nos limpar da contaminação do pecado, e renovar nossos corações à Sua própria imagem.

 

Um raio da glória de Deus, um lampejo da pureza de Cristo, penetrando a alma, torna cada mancha ou contaminação dolorosamente distinta, e deixa expostos as deformidades e defeitos do caráter humano. Torna aparentes os desejos profanos, a infidelidade do coração, a impureza dos lábios. Os atos de deslealdade do pecador, invalidando a lei de Deus, são expostos à sua visão, e seu espírito é tocado e afligido sob a perscrutadora influência do Espírito de Deus. Ele abomina a si mesmo tão logo vê o puro, imaculado caráter de Cristo.

 

Quando o profeta Daniel contemplou a glória que circundava o mensageiro celestial que foi enviado até ele, foi esmagado com um senso da sua própria fraqueza e imperfeição. Descrevendo o efeito da maravilhosa cena, ele diz, “não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Dan. 10:8). A alma assim tocada irá odiar seu egoísmo, detestar seu amor próprio, e procurará, através da justiça de Cristo, pela pureza de coração que está na harmonia com a lei de Deus e o caráter de Cristo.

 

Paulo diz que “quanto à justiça que há na lei” – tanto quando dizia respeito a seus atos exteriores, – ele era “inculpável” (Fil. 3:6); mas quando o caráter espiritual da lei foi discernido, ele viu-se um pecador. Julgado pela letra da lei como os homens a aplicam para a vida exterior, ele tinha se abstido de pecado; mas quando ele olhou para as profundezas de seus preceitos sagrados, e viu a si mesmo como Deus o via, ele curvou-se em humilhação, e confessou sua culpa. Ele diz, “Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri” (Rom. 7:9). Quando ele viu a natureza espiritual da lei, o pecado apareceu em sua verdadeira hediondez, e sua auto estima desapareceu.

 

Quinta-feira

 

1) Quem recebe a graça de Deus? Luc. 18:13, 14.

 

R.: “O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado“.

 

Deus não reputa todos os pecados como de igual magnitude; existem degraus de culpa em Sua avaliação, assim como há na avaliação do homem; mas embora insignificante quanto este ou aquele ato errado possa parecer aos olhos dos homens, nenhum pecado é pequeno na visão de Deus. O julgamento do homem é parcial, imperfeito; mas Deus estima todas as coisas como elas realmente são. O bêbado é desprezado, e é dito que seu pecado o excluirá do céu; enquanto orgulho, egoísmo, e cobiça quase sempre passam sem ser reprovados. Mas estes são pecados especialmente ofensivos a Deus; porque são contrários à benevolência do Seu caráter, àquele amor abnegado que é a própria atmosfera do universo não caído. Aquele que cai em algum desses pecados grosseiros pode obter um senso de sua vergonha e pobreza e sua necessidade da graça de Cristo; mas o orgulhoso não sente necessidade, e então fecha seu coração contra Cristo e as infinitas bênçãos que Ele veio para dar.

 

O pobre publicano que orou, “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Luc. 18:13), considerou a si mesmo um homem muito ímpio, e outros o viam segundo a mesma luz; mas ele sentiu sua necessidade, e com seu fardo de culpa e vergonha ele veio ante Deus, suplicando por Sua misericórdia. Seu coração estava aberto para o Espírito de Deus fazer seu gracioso trabalho, e livrá-lo do poder do pecado. A oração cheia de orgulho e justiça própria do fariseu mostrou que seu coração estava cerrado à influência do Espírito Santo. Por causa de sua distância de Deus, ele não teve senso de sua própria contaminação, em contraste com a perfeição da divina santidade. Ele não sentiu nenhuma necessidade, e não recebeu nada.

 

Se você vê sua pecaminosidade, não espere tornar-se melhor. Muitos há que pensam que não são bons o suficiente para ir a Cristo. Você espera tornar-se melhor por seus próprios esforços? “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jer. 13:23). Somente em Deus há ajuda para nós. Nós não devemos esperar por persuasões mais fortes, por melhores oportunidades, ou por temperamentos mais santos. Não podemos fazer nada de nós mesmos. Devemos ir até Cristo assim como estamos.

 

2) O homem que persiste no pecado, desprezando as advertências de Deus, permanece no Seu favor? Heb. 10:26, 27.

 

R.: “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários”.

 

Mas não deixemos ninguém enganar a si mesmo com o pensamento de que Deus, em Seu grande amor e misericórdia, irá salvar ainda mesmo os rejeitadores de sua graça. A excessiva pecaminosidade do pecado pode ser estimada somente à luz da cruz. Quando homens insistem que Deus é bom demais para lançar fora o pecador, faça com que olhem para o Calvário. Foi porque não havia outro meio no qual o homem pudesse ser salvo, porque sem este sacrifício era impossível para a raça humana escapar do poder contaminador do pecado, e ser restaurado à comunhão com os seres santos, – impossível para eles tornarem-se novamente participantes da vida espiritual – foi por causa disto que Cristo tomou sobre Si mesmo a culpa dos desobedientes, e sofreu no lugar dos pecadores. O amor, sofrimento e morte do Filho de Deus, todos testificam da terrível enormidade do pecado, e declaram que não há escape do seu poder, nenhuma esperança de vida melhor, afora a submissão da alma a Cristo.

 

3) De acordo com o que Jesus ensinou por parábola, o que acontecerá com os que conheceram a vontade de Deus e se recusaram persistentemente a obedecer? Luc. 12:47.

 

R.: “o servo que soube a vontade do seu Senhor e não se aprontou, nem fez conforme Sua vontade, será castigado com muitos açoites”.

 

Os impenitentes algumas vezes desculpam a si mesmos por dizer dos professos cristãos, “Eu sou tão bom quanto eles. Eles não são mais abnegados, comedidos ou circunspectos em sua conduta do que eu. Eles amam os prazeres e a auto-indulgência tanto quanto eu.” Assim, eles tornam as faltas dos outros como uma desculpa pela sua própria negligência do dever. Mas os pecados e defeitos de outros não desculpam a ninguém; porque o Senhor não nos deu um modelo humano faltoso. O imaculado Filho de Deus foi dado como nosso exemplo, e aqueles que queixam-se do caminho errado dos professos Cristãos são os que deveriam demonstrar melhor viver e mais nobres exemplos. Se eles possuem concepção tão alta do que deveria ser um Cristão, não é seu próprio pecado muito maior? Eles conhecem o que é certo, e ainda recusam-se a fazê-lo.

 

Sexta-feira

 

“Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o coração” Hebreus 4:7.

 

Tome cuidado com a procrastinação. Não adie o trabalho de abandonar seus pecados, e procurar pureza de coração através de Jesus. Aqui é onde milhares de milhares tem errado, para sua perda eterna. Eu não irei aqui me demorar sobre a brevidade e incerteza da vida; mas existe um perigo terrível – um perigo não suficientemente compreendido – em demorar para atender à pleiteadora voz do Espírito Santo de Deus, escolhendo uma vida de pecado; pois isto é o que representa tal demora. O pecado, embora possa ser estimado como pequeno, pode ser acariciado somente com o perigo de infinita perda. O que nós não vencermos, nos vencerá, e operará nossa destruição.

 

Adão e Eva persuadiram a si mesmos que de um ponto tão pequeno como comer do fruto proibido não poderiam resultar tão terríveis conseqüências como Deus havia declarado. Mas este pequeno ponto era a transgressão da santa e imutável lei de Deus, e ele separou o homem de Deus e abriu as comportas da morte e maldição indizíveis sobre nosso mundo. Era após era tem saído da terra um contínuo clamor de pranto, e a criação inteira gemeu e vagueou juntamente em dor, como uma conseqüência da desobediência do homem. Mesmo o céu tem sentido os efeitos de sua rebelião contra Deus. O Calvário permanece como um memorial do espantoso sacrifício requerido para expiar a transgressão da lei divina. Não nos permitamos considerar o pecado como uma coisa trivial.

 

Cada ato de transgressão, cada negligência ou rejeição da graça de Cristo, está reagindo sobre você mesmo, endurecendo o coração, depravando a vontade, entorpecendo o entendimento, e não somente tornando-o menos inclinado a ceder, mas menos capaz de ceder ao terno pleitear do Espírito Santo de Deus.

 

Muitos estão acalmando uma consciência turbada com o pensamento de que eles podem mudar o curso do mal quando quiserem; que podem fazer pouco caso dos convites de misericórdia, e ainda continuarem a ser impressionados. Eles pensam que após fazer agravo ao Espírito da graça, após haverem colocado sua influência do lado de Satanás, em um momento de terrível dificuldade poderão mudar seu curso. Mas isto não é tão facilmente conseguido. A experiência, a educação de uma vida, tem tão completamente moldado o caráter que poucos então desejam receber a imagem de Jesus.

 

Mesmo um mau traço de caráter, um desejo pecaminoso, persistentemente acariciado, irá finalmente neutralizar todo o poder do evangelho. Cada pecaminosa condescendência fortalece na alma a aversão a Deus. O homem que manifesta uma infidelidade obstinada, ou uma apática indiferença à divina verdade, está tão somente ceifando aquilo que ele mesmo semeou. Não existe em toda a Bíblia um aviso mais terrível quanto a brincar com o mal que nas palavras do sábio, que o pecador “com as cordas do seu pecado será detido” (Prov. 5:22).

 

Cristo está pronto para livrar-nos do pecado, mas Ele não força a vontade; e se por persistente transgressão a própria vontade é totalmente empenhada no mal, e nós não desejamos ser livres, se nós não formos aceitar Sua graça, o que mais pode Ele fazer? Temos destruído a nós mesmos por nossa determinada rejeição do Seu amor. “eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (II Cor. 6:2; Heb. 3:7, 8).

 

Para meditar:

 

Deseja você que Cristo te livre do pecado hoje?

 

 

Sábado

 

1) De que maneira devemos cooperar com Deus na obra de limpeza do nosso coração? Ap. 3:19.

 

R.: “sê, pois, zeloso e arrepende-te”.

 

“O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (I Sam. 16:7), o coração humano, com suas emoções conflitivas de alegria e pranto, coração rebelde e extraviado, no qual reside tanta impureza e falácia. Ele conhece seus motivos, seus próprios intentos e propósitos. Vá para Ele com sua alma toda manchada como ela está. Como o Salmista, lance suas câmaras abertas para olho que tudo vê, exclamando, “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sal. 139:23, 24).

 

Muitos aceitam uma religião intelectual, uma forma de bondade, quando o coração não está limpo. Permita que esta seja sua oração, “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sal. 51:10). Trate honestamente com sua própria alma. Seja tão sério, tão persistente, como seria se sua própria vida mortal estivesse em jogo. Este é um assunto para ser resolvido entre Deus e sua própria alma, resolvido para a eternidade. Uma suposta esperança e nada mais, demonstrar-se-á sua ruína.

 

Estude a Palavra de Deus com muita oração. Esta Palavra apresenta ante você, na lei de Deus e a vida de Cristo, os grandes princípios de santidade, sem os quais “ninguém verá o Senhor” (Heb. 12:14). Ela convence de pecado; ela revela plenamente o caminho da salvação. Dê atenção para ela, como a voz de Deus falando para sua alma.

 

Tão logo você veja a enormidade do pecado, tão logo se veja como você realmente é, não se entregue ao desespero. Cristo veio para salvar pecadores. Nós não temos que reconciliar a Deus conosco, mas: Oh, maravilhoso amor! Deus está em Cristo “reconciliando conSigo o mundo” (II Cor. 5:19). Ele está por Seu terno amor cortejando os corações de seus filhos pecadores. Nenhum pai terreno poderia ser tão paciente com os erros e faltas de seus filhos, como é Deus com aqueles que Ele procura salvar. Ninguém poderia pleitear mais ternamente com o transgressor. Jamais lábios humanos expressaram mais ternas súplicas para o errante do que Ele. Todas Suas promessas, Suas advertências, não são senão suspiros de inexprimível amor.

 

2) Pode Jesus obter o perdão para qualquer pecado, grande ou pequeno, de todos os pecadores? Atos 2:38, 39, 21.

 

R.: “arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados…porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar“. “e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo“.

 

Quando Satanás vem para dizer-te que você é um grande pecador, olhe para o Seu Redentor, e fale dos Seus méritos. O que ajudará você é olhar para Sua luz. Reconheça seu pecado, mas diga ao inimigo que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores” (I Tim. 1:15), e que você pode ser salvo por Seu inigualável amor. Jesus fez uma pergunta a Simão em relação a dois devedores. Um devia ao seu senhor uma pequena soma, e o outro devia a ele uma grande soma; mas ele perdoou a ambos, e Cristo perguntou a Simão qual devedor amaria mais ao seu senhor. Simão respondeu, “aquele a quem mais perdoou” (Luc. 7:43). Nós temos sido grandes pecadores, mas Cristo morreu para que nós pudéssemos ser perdoados. Os méritos de Seu sacrifício são suficientes para apresentar ao Pai em nosso favor. Aqueles a quem Ele mais houver perdoado O amarão mais, e irão estar mais próximo do Seu trono para louvá-Lo por Seu grande amor e infinito sacrifício. É quando nós compreendemos mais completamente o amor de Deus que nós discernimos melhor a pecaminosidade do pecado. Quando nós vemos o comprimento da corrente que foi deitada para nós, quando nós entendemos algo do infinito sacrifício que Cristo fez em nosso favor, nosso coração é derretido em ternura e contrição.

 

Acesse a lição completa: http://bit.ly/escola-sabatina-passos-para-cristo

Passos para Cristo – Lição 2 – A necessidade do pecador de Cristo

Passos para Cristo – Lição 2 – A necessidade do pecador de Cristo

 
 

Texto base: “Livro Passos para Cristo”, Capítulo 2 – Ellen G. White.

 
 

Verso Áureo: “Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em Mim, e Eu nele, este dá muito fruto, porque sem Mim nada podereis fazer” João 15:5.

 
 

Domingo

 
 

1) Como era o homem, quando foi criado? Gen. 1:31

 
 

R.: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom“.

 
 

2) Quem trabalhou especialmente para levar o homem a desobedecer a Deus e cair na desgraça do pecado? II Cor. 11:3; Ap. 12:9.

 
 

R.: “a serpente enganou Eva”. “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás”.

 
 

O homem foi originalmente dotado de nobres faculdades e um intelecto equilibrado. Era perfeito em sua natureza, e estava em harmonia com Deus. Seus pensamentos eram puros, santas suas aspirações. Mas através da desobediência, suas faculdades foram pervertidas, e o egoísmo tomou o lugar do amor. Sua natureza se tornou tão enfraquecida pela transgressão que era impossível para ele, em sua própria força, resistir ao poder do mal. Ele foi feito cativo por Satanás, e haveria permanecido assim para sempre não tivesse Deus especialmente se interposto. Era o propósito do tentador frustrar o plano divino na criação do homem, e encher a terra com maldição e desolação. E ele iria apontar para todo este mal como sendo o resultado do trabalho de Deus na criação do homem.

 
 

Segunda-feira

 
 

1) Como o homem pecador se coloca em relação a Deus? Rom. 8:7

 
 

R.: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus”.

 
 

2) É o homem pecador quem se esconde de Deus, ou Deus quem se esconde do homem? Gn. 3:9, 10.

 
 

R.: “E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouviu a Tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me”.

 
 

Em seu estado sem pecado, o homem manteve alegre comunhão com Aquele “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Col. 2:3). Mas após seu pecado, ele não mais encontrava alegria na santidade, e procurou esconder-se da presença de Deus. Esta é ainda a condição do coração não convertido. Não está em harmonia com Deus, e não encontra alegria na comunhão com Ele. O pecador não poderia sentir-se feliz na presença de Deus; ele iria se esquivar da companhia dos seres santos. Se pudesse ser lhe permitida a entrada no céu, isto não lhe traria alegria. O espírito de abnegado amor que lá reina – cada coração correspondendo ao coração do Infinito Amor – não encontraria uma corda ressonante em sua alma. Seus pensamentos, seus interesses, seus motivos estariam alienados daqueles que atuam nos seus habitantes sem pecado. Ele seria uma nota discordante na melodia do céu. O céu seria para ele um lugar de tortura; ele desejaria muito ser escondido dAquele que é a sua luz; e o centro da sua alegria. Não é um decreto arbitrário da parte de Deus que exclui o pecador do céu: eles são excluídos pela sua própria inaptidão para ele. A glória de Deus seria para eles um fogo consumidor. Eles iriam aceitar de bom grado a destruição, para que pudessem ser escondidos da face dAquele que morreu para redimi-los.

 
 

Terça-feira

 
 

1) Quem salva o homem do pecado? Mat. 1:21; At 4:12.

 
 

R.: “E ela dará à luz um Filho, e Lhe porás o nome de JESUS, porque Ele salvará o Seu povo dos Seus pecados”. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.

 
 

É impossível para nós, por nós mesmos, escapar do poço de pecado no qual estamos afundados. Nossos corações são maus, e nós não podemos mudá-los. “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém.” “A mente carnal está em inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Jó 14:4; Rom. 8:7).

 
 

2) Pode o pecador, sem a ajuda de Cristo, praticar o bem? Jer. 13:23.

 
 

R.: “Pode o etíope mudar a sua pele ou o leopardo as suas manchas? Nesse caso também vós podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal”.

 
 

Educação, cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todos têm sua própria esfera, mas aqui são ineficazes. Eles podem produzir uma mudança no comportamento externo, mas não podem mudar o coração; não podem purificar as fontes da vida. É necessário haver um poder operando a partir de dentro, uma nova vida proveniente do alto, antes dos homens poderem ser transformados do pecado para a santidade. Este poder é Cristo. Somente Sua graça pode reavivar as faculdades mortas da alma, e atraí-la para Deus, para a santidade. O Salvador disse, “se alguém não nascer de novo,” a menos que ele receba um novo coração, novos desejos, propósitos, e motivos, conduzindo a uma nova vida, “não pode ver o reino de Deus.” (Jo. 3:3). A idéia de que é necessário apenas desenvolver o bem que existe no homem por natureza, é um engano fatal. “O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” “Não te admires de Eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (I Cor. 2:14; Jo. 3:7). De Cristo, está escrito, “a vida estava nEle; e a vida era a luz dos homens,” o único “nome debaixo dos céus, dado entre os homens, pelo qual seremos salvos” (Jo. 1:4; At. 4:12).

 
 

Quarta-feira

 
 

1) Quem é o único capaz de nos livrar da escravidão do pecado? Luc. 4:14, 16-19.

 
 

R.: “voltou Jesus para a Galiléia… E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de Sábado, segundo o Seu costume, na sinagoga e levantou-Se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos.”

 
 

Não é suficiente perceber o bondoso amor de Deus, ver Sua benevolência a paternal ternura do Seu caráter. Não é suficiente discernir a sabedoria e justiça de Sua lei, e ver que ela é fundada sobre o eterno princípio do amor. O apóstolo Paulo viu tudo isto quando exclamou, “consinto com a lei, que é boa”. “A lei é santa; e o mandamento santo, justo e bom.” Mas ele adicionou na amargura e desespero de sua angustiada alma, “eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado” (Rom. 7:16, 12, 14). Ele esperava pela pureza, a justiça a qual ele em si mesmo era incapaz de atingir, e ele clamou, “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rom. 7:24). Tal é o clamor que tem brotado de corações sobrecarregados em todas as terras e em todas as épocas. Para todos, existe apenas uma resposta, “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo. 1:29).

 
 

2) Por meio de Deus quem nos reconciliou com Ele? II Cor. 5:18.

 
 

R.: “E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou conSigo mesmo por Jesus Cristo”.

 
 

Muitas são as figuras pelas quais o Espírito de Deus tem procurado ilustrar esta verdade, e torná-la clara para almas que esperam para ser libertas do fardo da culpa. Quando, depois de seu pecado de enganar a Esaú, Jacó fugiu da casa de seu pai, estava curvado com o senso de culpa. Sozinho e lançado fora como ele estava, separado de tudo o que fizera querida sua vida, o pensamento que sobre todos os outros oprimia sua alma era o temor de que seu pecado o houvera separado da presença de Deus, que ele fora abandonado pelo Céu. Em tristeza deitou ele na terra nua, tendo a sua volta apenas montanhas solitárias, e acima os céus iluminados pelas estrelas. Assim que ele adormeceu, uma estranha luz rompeu sobre sua visão; e então, partindo do plano onde ele se deitava, degraus sombrios e vastos pareciam conduzir acima para as próprias portas do céu, e sobre eles anjos de Deus estavam passando para cima e para baixo; enquanto da glória vinda do alto, foi ouvida a divina voz em uma mensagem de conforto e esperança. Isto foi feito conhecido a Jacó aquilo que satisfazia as necessidades e anseios da sua alma – um Salvador. Com alegria e gratidão ele viu revelado o caminho pelo qual ele, um pecador, poderia ser restaurado à comunhão com Deus. A escada mística do seu sonho representava Jesus, o único meio de comunicação entre Deus e o homem.

Quinta-feira

 
 

“Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi-se a Harã. E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por sua cabeceira, e deitou-se naquele lugar. E sonhou: e eis era posta na terra uma escada cujo topo tocava os céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela.” Gên. 28:10-12.

 
 

Esta é a mesma figura a qual Cristo se referiu em Sua conversação com Natanael, quando Ele disse, “vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (Jo. 1:51). Na apostasia, o homem aliena a si mesmo de Deus; a terra foi separada do céu. Através do abismo existente entre eles, não poderia haver comunhão. Mas através de Cristo, a terra é novamente conectada com o céu. Com Seus próprios méritos, Cristo construiu uma ponte sobre o abismo que o pecado houvera criado, permitindo então que os anjos ministradores pudessem manter comunhão com o homem. Cristo conecta o homem caído, em sua fraqueza e desesperança, com a Fonte de infinito poder.

 
 

Mas em vão são os sonhos de progresso do homem, em vão todos os esforços para o erguimento da humanidade, se eles deixam de lado a única fonte de esperança e auxílio para a raça caída. “Toda boa dádiva e todo dom perfeito” (Tia. 1:17) vêm de Deus. Não existe excelência de caráter Além dEle.

 
 

1) Em que Pessoa é exercido o poder de Deus para vencermos o pecado? I Cor. 1:24.

 
 

R.: “para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus”.

 
 

E o único caminho para Deus é Cristo. Ele diz, “Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida: ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (Jo. 14:6).

 
 

Sexta-feira

 
 

“Com amor eterno te amei, também com amável benignidade te atraí” Jer. 31:3.

 
 

O coração de Deus anseia por Seus filhos terrestres com um amor mais forte que a morte. Dando Seu Filho, Ele derramou para nós todo o céu em um dom. A vida, morte e intercessão do Salvador, a ministração dos anjos, os rogos do Espírito, o trabalho do Pai sobre e através de todos, o incessante interesse dos seres celestiais, – tudo está alistado em favor da redenção do homem.

 
 

1) Como responderemos ao amor de Deus, demonstrado por nós em Cristo? II Cor. 5:14, 15, 17.

 
 

R.: “o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se Um morreu por todos, logo, todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou… Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.

 
 

Oh, permitamo-nos contemplar o espantoso sacrifício que tem sido feito por nós! Permitamo-nos experimentar apreciar o labor e a energia que o Céu está despendendo para recuperar o perdido, e trazê-lo novamente à casa do Pai. Jamais poderiam ser postos em operação motivos mais fortes e agentes mais poderosos; as excelentes recompensas do agir corretamente, a alegria do céu, a sociedade dos anjos, a comunhão e amor do Pai e Seu Filho, a elevação e extensão de todas nossas faculdades através das eras eternas – não são estes poderosos incentivos e encorajamentos para nos mover a dar o serviço de um coração repleto de amor para nosso Criador e Redentor?

 
 

E, por outro lado, os juízos de Deus pronunciados contra o pecado, a inevitável retribuição, a degradação de nosso caráter, e a destruição final, são apresentados na Palavra de Deus para nos advertir contra o serviço de Satanás.

 
 

Sábado

 
 

“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor” Rom. 5:20, 21.

 
 

Não iremos nós considerar a misericórdia de Deus? O que mais poderia ter Ele feito? Coloquemo-nos a nós mesmos em uma correta relação para com Aquele que tem nos amado com espantoso amor. Façamos nós mesmos uso dos meios providos para nós para que possamos ser transformados à Sua semelhança, e ser restaurados para a comunhão com os anjos ministradores, para a harmonia e comunhão com o Pai e o Filho.

 
 

1) O que Deus deseja que façamos com os meios que Ele proveu para nossa salvação? Ap. 22:17.

 
 

R.: “quem quiser tome de graça da água da vida”.

 
 

2) Segundo a Bíblia, como Deus espera que cooperemos com Ele para nossa salvação? Fip. 2:12, 13.

 
 

R.: “operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade”.

 

 

 

Acesse a lição completa: http://bit.ly/escola-sabatina-passos-para-cristo

Passos para Cristo – Lição 1 – O Amor de Deus pelo Homem

Lição 1 – O Amor de Deus pelo Homem

 
 

Texto base: “Livro Passos para Cristo”, Capítulo 1 – Ellen G. White.

 
 

Verso Áureo: “Aquele que não ama, não conhece a Deus, pois Deus é amor” I João 4:8

Domingo

1) Como Deus revela a Si mesmo e o Seu caráter a nós? Rom. 1:19, 20

R.: “o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder como a Sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas”.

A natureza, assim como a revelação, testificam do amor de Deus. Nosso Pai no céu é a fonte da vida, da sabedoria e alegria. Olhe para as coisas lindas e maravilhosas da natureza. Pense na sua maravilhosa adaptação para as necessidades e felicidade, não somente do homem, mas de todas as criaturas viventes. O brilho do sol e a chuva, que alegram e refrescam a terra, as montanhas, mares e planícies, tudo nos fala do amor do Criador. É Deus quem supre as necessidades diárias de todas as Suas criaturas. Nas belas palavras do salmista:

 
 

“Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a mão e satisfazes de benevolência a todo vivente.” (Sal. 145:15, 16).

 
 

Deus fez o homem perfeitamente santo e feliz; e a terra multicor, como saiu das mãos do Criador, não possuía nenhum vestígio de deterioração ou sombra de maldição. Foi a transgressão da lei de Deus – a lei do amor – que trouxe maldição e morte.

 
 

2) Por que Deus fez que a terra produzisse espinhos e cardos após o pecado? Gên. 3:17.

 
 

R.: “Maldita será a terra por amor de ti” Gên. 3:17 Tradução para o espanhol Reina Valera, 1859.

 
 

Mas mesmo em meio aos sofrimentos que resultaram do pecado, o amor de Deus é revelado. Está escrito que Deus amaldiçoou a terra por causa do homem (Gen. 3:17). O espinho e o cardo – as dificuldades e sofrimentos que tornam sua vida uma existência de labutas e cuidado – foram designados para seu bem, como parte da disciplina necessária no plano de Deus para sua restauração da ruína e degradação que o pecado trouxe. O mundo, embora caído, não é somente pesar e miséria. Na natureza mesmo existem mensagens de esperança e conforto. Existem flores sobre os cardos, e os espinhos estão cobertos com rosas.

Segunda-feira

 
 

1) O que Deus é? I João 4:8.

 
 

R.: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (Tradução Almeida Revista e Atualizada).

 
 

“Deus é amor,” está escrito sobre cada broto que se abre, sobre cada haste de planta que cresce. Os amáveis pássaros enchendo o ar com seus alegres cantos, as delicadas flores coloridas perfumando o ar em sua perfeição, as altaneiras árvores da floresta com sua rica folhagem de verde vivo – tudo testifica do terno, paternal cuidado de nosso Deus, e do Seu desejo de fazer Seus filhos felizes.

 
 

2) Além da natureza, por qual outro meio podemos conhecer a Deus? Prov. 2:1, 5.

 
 

R.: “Filho Meu, se aceitares as Minhas palavras e esconderes contigo os Meus mandamentos… então… acharás o conhecimento de Deus”.

 
 

A Palavra de Deus revela o Seu caráter. Ele mesmo declarou Seu infinito amor e compaixão. Quando Moises orou, “Mostra-me Tua glória”, e Senhor respondeu, “Farei passar toda a Minha bondade diante de ti” (Êxo. 33:18, 19). Esta é Sua glória. O Senhor passou por Moisés, e proclamou, “Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado.” (Êxo. 34:6, 7). Ele é “tardio em irar-se e grande em benignidade” (Jon. 4:2) “porque tem prazer na misericórdia.” (Miq. 7:18).

 
 

3) Por que os homens não percebem que Deus é amor, cheio de bondade? Por que não vêem que Ele perdoa seus erros? II Cor. 4:4.

 
 

R.: “o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a glória de Deus”.

 
 

Deus tem atraído nossos corações para Ele por inúmeros sinais no céu e na terra. Através das coisas da natureza, e dos mais profundos e ternos laços terrestres que o coração humano pode compreender, tem Ele procurado revelar a Si mesmo para nós. Mas todas estas coisas representam de forma imperfeita o Seu amor. Embora todas essas evidências tenham sido dadas, o inimigo da bondade cegou as mentes dos homens, para que este olhasse para Deus com medo; eles O julgam como sendo severo e não perdoador. Satanás levou os homens a terem um conceito de Deus como sendo um ser cuja principal atribuição é a de justiça severa, – que é um extremado juiz, um severo e exigente cobrador. Ele retratou o Criador como sendo um ser que está pesquisando com um olhar desconfiado para discernir os erros e faltas dos homens, para que Ele possa visitá-los com juízos.

 
 

Terça-feira

1) Qual foi é a maior revelação que Deus deu de Si mesmo? Heb. 1:1, 3.

 
 

R.: “Deus… falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho… o qual, sendo o resplendor da Sua glória, a expressa imagem da Sua pessoa”.

 
 

O Filho de Deus veio do céu para tornar o Pai manifesto. “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (Jo. 1:18). “Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mat. 11:27). Quando um dos discípulos fez o pedido, “mostra-nos o Pai,” Jesus respondeu, “Filipe, há tanto tempo estou convosco e não me tendes conhecido? Quem me vê a Mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo. 14:8, 9).

 
 

Descrevendo Sua missão na terra, Jesus disse: O Senhor “me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.” (Luc. 4:18). Este era Seu trabalho. Ele veio para fazer o bem, e para curar todos que estavam opressos por Satanás. Existiam vilas inteiras nas quais não havia um gemido de enfermidade em nenhuma casa; porque Ele havia passado por eles, e curado todos seus doentes. Seu trabalho deu a evidência da Sua divina unção. Amor, misericórdia, e compaixão foram revelados em cada ato da Sua vida; Seu coração se moveu de terna simpatia para com os filhos dos homens. Ele tomou a natureza do homem, para que Ele pudesse alcançar as necessidades da humanidade. Os mais pobres e humildes não tinham receio de se aproximar dEle. Mesmo as pequenas crianças foram trazidas até Ele. Elas amavam sentar sobre Seus joelhos, e olhar a Sua reflexiva face, bondosa e amorável.

 
 

Jesus não suprimiu uma única palavra da verdade, mas sempre a pronunciou em amor. Ele exercitou o maior tato, e refletida e cuidadosa atenção, em Seu relacionamento com as pessoas. Ele nunca foi rude, nunca disse uma palavra severa desnecessariamente, nunca causou angústia desnecessária a uma alma sensível. Ele não censurou a fraqueza humana. Ele falou a verdade, mas sempre em amor. Ele denunciou a hipocrisia, a descrença e iniquidade; mas haviam lágrimas em Sua voz quando Ele pronunciou Suas solenes repreensões. Ele chorou sobre Jerusalém, a cidade que Ele amou, a qual recusou recebê-lo, o Caminho, a Verdade, e a Vida. Eles haviam rejeitado a Ele, o Salvador, mas Ele os olhou com compassiva ternura. Sua vida era uma negação de Si mesmo e atencioso cuidado por outros. Cada alma era preciosa aos Seus olhos. Ele sempre se portou com dignidade divina, e dedicou o mais terno cuidado para cada membro da família de Deus. Via em todos os homens almas caídas as quais era Sua missão salvar.

 
 

Tal era o caráter de Cristo como revelado em Sua vida. Este é o caráter de Deus. O coração do Pai era a fonte da divina compaixão

manifesta em Cristo, que fluía para os filhos dos homens. Jesus, o terno, compassivo Salvador, era “Deus manifesto em carne”. (I Tim. 3:16).

 
 

Quarta-feira

 
 

1) Com que objetivo Deus enviou Seu Filho ao mundo? João 3:17.

 
 

R.: “Porque Deus enviou o Seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que O mundo fosse salvo por Ele.”

 
 

Foi para nos redimir que Jesus viveu, sofreu e morreu. Ele se tornou um “Homem de dores,” para que nós pudéssemos ser feitos participantes da glória eterna. Deus permitiu que Seu Filho amado, cheio de graça e verdade, partisse de um mundo de glória indescritível para um mundo mareado e enfermo pelo pecado, escurecido com a sombra da morte e da maldição. Permitiu a Ele deixar o seio do Seu amor, a adoração dos anjos, para sofrer a vergonha, o insulto, a humilhação, o ódio e a morte. “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele; e pelas Suas pisaduras fomos sarados.” (Isa. 53:5). Contemple-O no deserto, no Getsêmani, sobre a cruz! O imaculado Filho de Deus tomou sobre Si o fardo do pecado. Ele que havia sido um com Deus sentiu em Sua alma a terrível separação que o pecado causa entre Deus e o homem. Esta arrancou dos Seus lábios o angustioso clamor, “Deus Meu, Deus Meu, porque Me desamparaste?” (Mat. 27:46). Foi o fardo do pecado, o senso de sua terrível enormidade, da separação que este promove entre a alma e Deus – que partiu o coração do Filho de Deus.

 
 

2) Deus ama pecadores? Ef. 2:4, 5; João 16:26, 27.

 
 

R.: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou”. “Naquele dia, pedireis em Meu nome, e não vos digo que Eu rogarei por vós ao Pai, pois o mesmo Pai vos ama”.

 
 

Mas este grande sacrifício não foi feito para criar o amor pelo homem no coração do Pai, nem para fazê-lo se dispor a salvar. Não, não! “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito.” (João 3:16). O Pai nos ama, não por causa da grande propiciação, mas Ele proveu a propiciação porque nos ama.Cristo foi o meio através do qual Ele poderia derramar seu Seu infinito amor sobre um mundo caído. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.” (II Cor. 5:19). Deus sofreu com Seu Filho. Na agonia do Getsêmani, na morte do Calvário, o coração do Infinito Amor pagou o preço de nossa redenção.

 
 

Jesus disse, “Por isso o Pai me ama, porque Eu dou a minha vida para a reassumir.” (João 10:17). Isto é, “Meu Pai amou tanto a vocês que Ele Me ama mesmo mais porque dou Minha vida para redimi-los. Tornando-se vosso Substituto e Fiador por entregar Minha vida, por tomar vossas limitações, vossas transgressões, Eu Sou mais querido por Meu Pai; porque pelo Meu Sacrifício, Deus pode ser justo, e ainda Justificador daquele que crê em Jesus.”

 
 

Quinta-feira

 
 

1) Qual é o ato de Deus que melhor demonstra Seu amor para conosco? João 3:16

 
 

R.: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

 
 

Ninguém afora o Filho de Deus poderia operar nossa redenção; porque somente Aquele que estava no seio do Pai podia revelá-Lo. Somente Aquele que conheceu a altura e a profundidade do amor de Deus poderia torná-la manifesta. Nada menos que o infinito sacrifício feito por Cristo em favor do homem caído poderia expressar o amor do Pai pela humanidade perdida.

 
 

“Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito”. Ele não o deu somente para viver entre os homens, para levar seus pecados, e morrer seu sacrifício, Ele O deu à raça caída. Cristo estava para identificar-se com os interesses e necessidades da humanidade. Ele que era um com Deus foi unido com os filhos dos homens por laços que jamais serão quebrados. Jesus “não se envergonha de lhes chamar irmãos” (Heb. 2:11). Ele é nosso Sacrifício, nosso Advogado, nosso Irmão, tomando a nossa forma humana ante o trono do Pai, e através das eras eternas um com a raça que Ele redimiu, – o Filho do homem. E tudo isso para que o homem possa ser erguido da ruína e degradação do pecado, para que possa refletir o amor de Deus, e participar da alegria da santidade.

Sexta-feira

 
 

1) Qual privilégio Deus, em Seu amor, nos concede? I João 3:1

 
 

R.: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus.” Tradução Almeida Revista e Atualizada.

 
 

O preço pago pela nossa redenção, o infinito sacrifício de nosso Pai celeste em dar Seu Filho para morrer por nós, deveria dar-nos exaltadas concepções do que nós nos tornamos através de Cristo. Quando o inspirado apóstolo João contemplou a altura, a profundidade, a largura do amor do Pai para com a raça perdida, foi repleto de adoração e reverência; e, não podendo encontrar uma linguagem adequada para expressar a grandeza e ternura deste amor, estendeu ao mundo o convite para contemplá-lo. “Vede que grande amor tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus.” (I João 3:1). Que valor estas palavras colocam sobre o homem! Através da transgressão, os filhos do homem tornam-se súditos de Satanás. Através da fé no sacrifício expiatório de Cristo, os filhos de Adão podem tornar-se filhos de Deus. Por assumir a natureza humana, Cristo eleva a humanidade. O homens caídos são colocados onde, através da conexão com Cristo, podem tornar-se de fato merecedores do nome “filhos de Deus”.

 
 

Para meditar:

 
 

“Mas a todos quantos O receberam [a Jesus] deu-Lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no Seu nome ” João 1:12.

Sábado

 
 

Tal amor é sem paralelo. Filhos do Rei celeste! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação! O inigualável amor de Deus por um mundo que não O amou! Este pensamento tem um poder subjugante sobre a alma, e leva a mente em sujeição à vontade de Deus. Quanto mais estudamos o divino caráter à luz da cruz, mais misericórdia, ternura, e perdão unidos com justiça e eqüidade veremos, e mais claramente discerniremos inumeráveis evidências de um amor que é infinito, e uma compassiva ternura superior à ansiosa simpatia da mãe por sua criança rebelde.

 
 

1) Acaso o amor de Deus por nós muda quando erramos? Acaso Seu amor para conosco depende de como nós nos comportamos em relação a Ele? Mal. 3:6; Tig. 1:17.

 
 

R.: “Porque Eu, o SENHOR, não mudo”. “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação”.

 
 

“Cada laço humano pode perecer,

Amigo podem mostrar-se infiéis para com amigo,

As mães podem cessar de dar carinho,

O céu e terra podem ser removidos;

Mas nenhuma mudança

Pode vir ao amor de Jeová”

 

 

Acesse a lição completa: http://bit.ly/escola-sabatina-passos-para-cristo